Prefeitura de Pedro Leopoldo demite 360 funcionários sem concurso público.

01/10/2009 16:01

 

Na cidade de Pedro Leopoldo, na região metropolitana, 360 funcionários da prefeitura perderam os empregos. A prefeitura informou que atendeu um pedido do Ministério Público e demitiu pessoas contratadas sem concurso público. E a previsão é que mil empregados nessa situação sejam dispensados até o fim do ano. 

Com 20 anos de serviço na prefeitura, hoje, seu Márcio não tinha onde trabalhar. As lágrimas são de um homem de 50 anos que recebia um salário mínimo por mês. Com o mesmo valor, dona Elizabete, colega no setor de limpeza urbana, garantia o sustento. Ela também foi demitida do cargo de gari.

De acordo com a prefeitura, nessa quarta-feira foram dispensados 360 funcionários do setor de limpeza urbana. Para esta quinta-feira está prevista a demissão de mais 12 motoristas e seis encarregados.

O prefeito explica que foi obrigado a tomar essa decisão por ordem do Ministério Público, sob pena de ter que pagar multa de R$ 11 milhões. Desde 2004, o município deveria ter feito um concurso público para a efetivação de servidores. Mas, até hoje, o acordo com a justiça não foi totalmente cumprido.

Em 2004, o prefeito era Ângelo Tadeu, que assinou o termo de compromisso com o Ministério Público.

No documento do Ministério Público consta que o município tem hoje 1411 funcionários contratados sem concurso. Já a atual administração diz que são 620. Marcelo Gonçalves garante que não vai ter mais demissões.

O atual prefeito diz que está sendo preparado um concurso público para servidores da secretaria de obras e das creches. Mas o edital foi recusado duas vezes pelo Tribunal de Contas do estado.

Eduardo diz que pretende participar do concurso. O auxiliar de serviços gerais, com 15 anos de trabalho na prefeitura, conta que precisa do dinheiro para ajudar no tratamento médico da mãe.

Segundo o Ministério Público, em uma reunião com a prefeitura, no início da semana, ficou definido que vai ser feito um novo Termo de Ajustamento de Conduta para manter temporariamente no trabalho, servidores contratados sem concurso.

O Ministério Público informou que o número de pessoas que vão continuar no cargo será definido no documento, que está sendo elaborado. Mas a medida só vale para pessoas que desempenham funções consideradas essenciais.