RMBH registra a menor taxa de desemprego em seis meses

24/11/2009 16:07

 A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) no mês de setembro foi de 10,4% da População Economicamente Ativa (PEA), menor número nos últimos seis meses. A informação é da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH), realizada mensalmente em parceria pela Fundação João Pinheiro (FJP), Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação Seade, e foi divulgada nesta quarta-feira (28) em entrevista coletiva realizada na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).

Entre agosto e setembro houve aumento de 19 mil postos de trabalho na RMBH, resultando na saída de 12 mil indivíduos do contingente de desempregados. O desemprego aberto retraiu-se de 8,1% para 7,8% e a taxa de desemprego oculto passou de 2,8% para 2,6% da PEA.

Entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas, a de Belo Horizonte apresentou o melhor desempenho em setembro. A maior taxa de desemprego foi no Recife, que teve 19,7%, seguido por Salvador (19, 4%), Distrito Federal (15,3%), São Paulo (14,1%) e Porto Alegre, com 11,3%. “Estamos revertendo a tendência de alta na taxa de desemprego na RMBH e continuamos com a menor taxa das seis regiões pesquisadas. Nossa expectativa é que haja um aumento no número de ocupados a partir de agora”, observou o subsecretário de Trabalho, Emprego e Renda da Sedese, Fernando Sette.

Para o coordenador da PED pela Fundação João Pinheiro, Plínio Campos Souza, a expectativa também é positiva. “Ficamos muito apreensivos com a crise mundial, mas o mercado interno deu uma boa resposta. A tendência agora é que o mês de outubro tenha uma taxa menor de desemprego na RMBH, talvez até abaixo dos 10%”, explicou.

Comparando a taxa atual com a de setembro de 2008, houve redução de 1,1% no nível ocupacional, principalmente nos setores de indústria e serviços. Neste mesmo período, o tempo médio de procura por trabalho passou de 44 semanas (2008) para 45 semanas (2009). Por outro lado, em relação a agosto de 2009, houve crescimento no número de postos de trabalho, com 22 mil novas vagas no setor de serviços, nove mil novas ocupações registradas no comércio, quatro mil na construção civil e dois mil no agregado “outros setores de atividade”. No caminho contrário em relação a agosto de 2009, o mês de setembro apresentou retração de 18 mil postos de trabalho na indústria.

No confronto entre os dados de agosto e setembro de 2009, houve aumento de 11 mil vagas entre os assalariados com carteira assinada no setor privado, enquanto para trabalhadores sem carteira assinada houve incremento de quatro mil postos e, para os autônomos, acréscimo de oito mil ocupações. O setor público apresentou elevação de sete mil ocupações. Já para os empregados domésticos houve queda de mil ocupações e para as “demais formas de inserção” a redução foi de 10 mil vagas.

Rendimentos

Nos últimos 12 meses, a massa de rendimentos dos ocupados cresceu 1,1% e a massa de salários manteve-se praticamente estável (0,1%). No primeiro caso, o aumento do rendimento médio mais do que compensou o decréscimo do nível de ocupação, enquanto na massa de salários, a redução do nível de emprego aconteceu na mesma proporção do que o aumento do salário médio.

Entre agosto de 2008 e agosto de 2009, o rendimento real médio dos ocupados elevou-se em 3,2% e passou de R$ 1.185 para R$ 1.222. O salário real médio cresceu 2,9%, passando de R$ 1.207 para R$ 1.242. No setor privado, o salário médio subiu 1,1%, enquanto na indústria o aumento foi de 6,1%, nos serviços 3,0% e no setor de comércio houve redução de 1,7%. Entre os assalariados com carteira assinada, houve aumento de 0,8% no salário médio e, entre aqueles sem registro em carteira 3,9%. Entre os autônomos o rendimento médio elevou-se em 2,9%.

fFonte: Agência Minas