Autorizada a criação de terminais metropolitanos para a Grande BH.
Foto: Anunciada a criação de Terminais Rodoviários.
A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) publica na segunda quinzena de setembro edital para obras dos cinco primeiros lotes dos terminais metropolitanos da Grande BH – três em Contagem, um em Nova Lima e o outro na Região de Venda Nova, em BH. Sem passar pelo Hipercentro da capital e sem paradas em pontos, os ônibus vão transitar entre uma estação e outra diretamente, aumentando a fluidez das viagens dos 6,6 milhões de passageiros por mês e interligando o transporte das 34 cidades. Até o fim do ano, outros seis devem ser licitados e os outros oito previstos ficam para 2010.
Localizados em pontos estratégicos, os terminais vão possibilitar aos passageiros seguir em coletivos municipais até as estações e, de lá, trafegar entre os municípios. Sem o arranca e para constante a cada esquina, o tempo gasto deve ser reduzido consideravelmente e também deve significar economia financeira para os usuários, por causa da implantação do sistema de cartões, que deve permitir a circulação com preço reduzido entre as semirrodoviárias.
Cada um dos lotes tem custo previsto entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, variando de acordo com a demanda de passageiro e o tamanho do terminal. As desapropriações já começaram e custam em média R$ 1,5 milhão cada uma, para área variando entre 10 mil e 20 mil metros quadrados. Segundo o secretário-adjunto de estado de Transportes e Obras Públicas, João Fleury, a previsão é de que até o segundo semestre do ano que vem estejam em funcionamento os primeiros pontos. Os outros terminais estão previstos para Betim (1); Ibirité (1); Sarzedo (1); Vespasiano (2); Santa Luzia (2); Sabará (1); Ribeirão das Neves (2) e Contagem (2).
Apesar de a RMBH ser composta por 34 municípios, pesquisa realizada pelo governo estadual indicou que 89% das viagens envolvem apenas seis cidades: Belo Horizonte (49,6% das viagens), Contagem (19,9%), Ribeirão das Neves (5,7%), Santa Luzia (5,4%), Betim (5%) e Sabará (3,4%). A distribuição dos terminais deve ser proporcional, com exceção de Belo Horizonte, que conta com sistema e terminais próprios.
NEGOCIAÇÃO Além de facilitar o tráfego entre cidades e o Hipercentro de BH, os terminais metropolitanos possibilitam viabilizar a integração entre o serviço de ônibus dos municípios e do estado. A negociação para que os cartões das redes passem a operar em conjunto está adiantada e a Setop trabalha junto à Prefeitura de Belo Horizonte para facilitar o dia a dia dos usuários dos modais da Grande BH. “Estamos mais próximos de um acerto. Abrimos mão de questões menores visando o interesse da maioria e melhoria no serviço”, afirma Fleury. O contrato com a BHTrans pode ser fechado ainda este ano e depende apenas da elaboração de um sistema que possa repartir a verba arrecadada entre os órgãos envolvidos.